domingo, 21 de março de 2010

ROBERTO COSTA NOGUEIRA (1928-2010)

ROBERTO COSTA NOGUEIRA (1928-2010)


Roberto Costa Nogueira, ou seu Roberto, mas quem escreve o chamava de negão. Aquele que tava sempre rindo e fazendo uma brincadeira com um saquinho de pão na mão e o eternizado chapeuzinho na cabeça. É o que vendia queijo, esse mesmo, o contador de piadas. Mas quem conviveu com ele, sabe que é muito mais do que isso.

Negão curtia mesmo é fazer uma farra danada. Ás vezes era chato, no sentido de ser taxativo com algumas situações. Fumar um cigarro do lado dele era certeza de que se ouviria um longo discurso sobre as incontáveis mortes que o tabaco já causou. Porém, coisa que realmente importava pro negão: ser feliz Aquela história de que a felicidade está nas coisas pequenas? Ele foi o exemplo vivo.

Bastava aceitar uma banana, seja ouro, nanica ou maçã, que ele soltava uma gargalhada de felicidade. E quando tinha as goiabeiras no seu quintal então, um pé de vermelha e outro de amarela, a inesquecível goiaba amarela. Pega um guaranazinho ali na geladeira. Vai querer com furinho?

Robertão já deve ter arrancado um sorriso de cada habitante de Guararapes, não é improvável, muito menos impossível. Ele não se importava se você vai a pé ou vai de trem, só queria mostrar o muque de velho dele para você ver como era. Porque é melhor ouvir besteira do que ser surdo. Antes de qualquer profissão, ou função exercida, ele era um amante da vida. E é essa alegria contagiante que ele nunca deixava de transmitir.

É, seu Roberto, a rapadura é doce mas não é mole não, o senhor deixa um legado de lembranças boas e muita saudade. Mas ó, fala baixo fala baixo que alguém cagou aqui.Eu acho que foi o pato.
Um beijo, na careca.




Em nome de todos os netos, Pedro.